quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Oba... lançamento!!!!!

OBAAAAAA....LANÇAMENTO!!!!!



Vocês lembram de quando contei da leitura do "Marley & Eu" que tanto gostei? Pois é, hoje quando abri a página da globo.com me deparei com uma reportagem falando que o lançamento do filme sobre o livro será em janeiro de 2009.


Nossa!!!! pirei!!!!!!!!!!



hehehehehe

Só vai dar eu na fila do cinema, eu com dois baldinhos. Sim, dois baldinhos: um para a pipoca, claro, pq pipoca é impressindivel e outro baldinho para as lágrimas!!!!!

Claro, pq se já chorei lendo o livro imagina assistindo o filme!!!!!

ai ai...

Agora é só aguardar, ainda mais eu que moro no interior do interior.... mas chega, ôh, se chega!!!!

Bjinhus*








quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Capitu

Abaixo, na integra a entrevista do diretor da mais nova minissérie da Globo, que na minha opinião vai ser mutioooooooooo boa!!!!
Claro que sou suspeita pra falar, afinal de contas sou uma apaixonada por Dom Casmurro e os personagens do Machado de Assis.


Luiz Fernando Carvalho fala sobre o trabalho de pesquisa, os ensaios que foram desenvolvidos no “Galpão Capitu” e o resultado da empreitada: “É uma grande emoção ver que tudo foi impresso na tela e no tempo”. Sobre a minissérie, ele acrescenta: “Capitu faz parte de um projeto maior chamado Quadrante, que surgiu da minha necessidade de refletir sobre o país. Para isso, me agarrei na produção literária nacional e hoje estamos apresentando a nossa Capitu. Cada autor traz uma visão de mundo e o conjunto desses autores produz uma idéia multifacetada do Brasil. Com Capitu, eu me agarro na literatura de Machado de Assis para contar uma faceta do país”.
A grande dúvida que há desde que Dom Casmurro foi lançado, em 1900, é se Capitu traiu ou não traiu Bento Santiago. Veja o que os atores pensam a respeito:
Letícia Persiles (Capitu jovem): “Nessa releitura retiramos o julgamento sobre traição. Se machado deixou isso em aberto, como poderemos fazer isso diferente”.
Pierre Baitelli (Escobar): “Às vezes, acho que o Escobar não tem um bom caráter. Há dúvidas sobre sua honestidade, por isso não estou tão certo se ele seria ou não capaz de trair”.
César Cardadeiro (Bentinho): “Tentei criar o Bentinho independente da questão da traíçao. Acho que as pessoas devem apreciar a história dessa certeza”.
Os pequenos Beatriz Souza e Fabrício Reis dão um show de simpatia! Na minissérie, ela faz a Capituzinha, filha da Sancha e Escobar, e ele Ezequiel, filho de Capitu e Bento. A preparadora de elenco Agnes Moço revelou que os dois eram muito atentos na preparação dos personagens: “ Eles passaram por aulas de música, jogos de interação e muitos desenhos com a família deles na trama, o que os ajudou a montar os personagens”.
Maria Fernanda Cândido não veio, afinal teve seu segundo filho há cerca de um mês, mas ainda assim esteve enviou um vídeo sobre as suas expectativas para o início da minissérie e arrancou aplausos do elenco pela sua mensagem.
Raimundo Rodriguez, que assina a direção de arte e cenografia em Capitu, explicou o conceito visual da minissérie: “Reciclamos muito. Não por uma questão apenas financeira, mas principalmente pelo conceito da obra. Usamos muito papelão, jornais velhos, estruturas de ferro…”.
O figurino assinado por Beth Filipecki esteve em evidência durante da coletiva de imprensa no Galpão Capitu. Daniela Garcia, assistente de Beth, explica o trabalho: “O figurino em Capitu é basicamente dividido em duas fases. Na primeira explora-se o lado claro, leve e feliz da vida. Na segunda, é como se a gente mergulhasse no profundo os olhos de Capitu, ou seja, ganha-se um ar mais escuro. Tudo isso tendo como eixo a Capitu, que é o orvalho da flor que vira um oceano. Todos que estão a volta dela são impactados”.
Luiz Fernando Carvalho exalta a qualidade do autor de Dom Casmurro: “Na minha maneira de ver, a obrigatoriedade de ler Machado de Assis nas escolas torna sua literatura oficial e sisuda. Quero desconstruir essa imagem. A literatura dele é muito mais que isso. Vai aí uma crítica ao processo educacional, que empurra Dom Casmurro goela abaixo dos adolescentes. Com Capitu, estamos lutando contra o preconceito de que Machado é chato e antigo. Ele é atual e moderno. Os jovens precisam entender Machado como um grande criador, interativo, imagético, emocional, irônico, melancólico e atemporal”.
Michel Melamed é conhecido por seu talento multifacetário, com incursões diversas no teatro, literatura, música, internet etc. Na TV Globo ele faz sua primeira aparição justamente no papel que deu o título à obra de Machado de Assis. Sobre seu Dom Casmurro ele comenta: “Foi uma experiência intensa. Posso dizer que até mesmo divina. Foi um grande desafio. Só tenho coisas muito boas pra falar. Passamos três meses aqui nesse galpão. Foi tudo muito rico. Na verdade é uma obra de arte, com muitas facetas. Eu trabalhei apaixonado. Esse poder vem muito do Luiz (Fernando Carvalho), que tem a capacidade de deixar as pessoas em estado de paixão”.
Na primeira fase, quem encarna o protagonista da minissérie é Cesar Cardadeiro. Ele é Bentinho. Sobre a polêmica que gira em torno do personagem e sobre a obra de uma maneira em geral, Cardadeiro comenta: “As pessoas devem tentar senti-lo em vem de querer saber quem traiu quem. Na escola, não entendi o livro tão bem, mas me conectei com os personagens. Tive de me conhecer muito para achar o Bentinho”.
Eliane Giardini encarna um papel importantíssimo em Capitu. Ela é D. Glória, mãe do personagem Bentinho que com Capitu e Escobar forma o intrigante triângulo amoroso da minissérie. Ela comenta a imersão na obra de Machado de Assis: “Esse ano foi muito especial porque através dessa minissérie eu me senti fazendo ao mesmo tempo teatro, cinema e televisão. Era teatro por causa dos estudos, da entrega, da preparação. Era cinema porque fazíamos tudo com muito cuidado, com uma câmera só. E era TV porque Capitu é de fato é uma obra de
televisão”.
Fonte: www.globo.com
Com certeza essa não vou perder, e tu?!?!!?!?

Bjinhus

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

..."O conto do amor" Maravilhoso...



Minha última leitura, foi MARAVILHOSA!!!!!!! Abaixo a resenha dele...

Muito bom mesmo!!!!


O conto do amor inicia com a visita de Carlo Antonini, psicoterapeuta que vive em Nova York, ao convento de Monte Oliveto Maggiore, na Toscana. Ali ele se depara com algo inusitado: a figura do jovem São Bento, pintada em um dos afrescos nas paredes, é parecida com o seu pai, que morreu doze anos antes. Isso o remete ao próprio motivo de sua ida à Itália: uma estranha conversa que ambos tiveram pouco antes de o pai morrer, quando este revelou ao filho, em tom de confissão, que em outra vida teria sido ajudante do pintor maneirista Sodoma (1477-1549), justamente o autor daquelas imagens. É o início de uma história cheia de surpresas, envolvendo um caso amoroso em meio à Segunda Guerra e seus desdobramentos da época até o presente.Contardo Calligaris estréia no romance brincando com certos limites entre a imaginação e a vida real. O protagonista de "O conto do amor" é psicanalista, atende pacientes em Nova York e teve um pai engajado na resistência anti-fascista italiana. "O primeiro capítulo, em seus detalhes, é total e fielmente autobiográfico", diz ele. "Nunca soube bem o que fazer com aquela estranha ´confidência´ do meu pai na hora de sua morte. Claro, fui para Monte Oliveto e tudo, mas não achei nada. Nada, a não ser uma ficção. E toda ficção é, quem sabe, um pouco isto: um jeito de continuar um diálogo que ficou truncado na realidade."Não por acaso, a trama nascida dessa inspiração tem como principal tema a busca da identidade. A jornada de Antonini em direção ao passado do pai, levada adiante em arquivos e encontros com personagens de cidades como Milão, Siena, Florença e Paris - além de Monte Oliveto Maggiore, claro -, no fundo é uma grande investigação sobre sua própria origem. Uma trajetória que mimetiza, de certa maneira, um processo psicanalítico de autodescoberta. "Na psicanálise, há um quê de ´investigação´ no sentido policial-jornalístico", afirma Calligaris. "Mas o que muda no livro é que a investigação do protagonista é ação e aventura ´real´."Ao final desse caminho por vezes tortuoso, que envolve os mistérios por trás da reprodução sem assinatura de uma imagem de Sodoma, de um atentado ao trem Roma-Mônaco nos anos 1970 e de uma noite inesquecível na Toscana narrada nos diários do pai, Antonini se surpreenderá ao perceber que suas descobertas apontam também para o futuro. E que nele ainda há lugar para paixões que podem mudar sua vida.

Realmente o livro é muito bom, pelo resumo, aqui escrito já dá uma noção do quanto ele é envolvente.

Gostei e recomendo!!!!!


bjinhus*

domingo, 9 de novembro de 2008

o mito Farroupilha Em a Prole do Corvo....

Ensaio feito a partir do livro "A prole do Corvo" de Luiz Antonio de Assis Brasil.
Autoras: Karin e Kelly....


O mito n’A Prole do Corvo:
a desmitificação de um herói[1]


Karin Línea Muller
Kelly Barbosa[2]



Herói Nativo
Mas onde estão os gaúchos de outrora Estirpe brava do Rio Grande guapo - Que bom seria se na pampa agora Surgisse um novo general farrapo! Eu só queria um novo caudilho Que terminasse coma ambição e a fome E que mostrasse para os nossos filhos Que Deuses falsos não governam homens.
[3]

A canção de Fronteira e Darde mostra a carência que o gaúcho tem por heróis. Assis Brasil (1991)[4] retrata essa afirmação na obra A Prole do Corvo colocando-nos a questão como são os nossos heróis?
A literatura mitificou os personagens do Movimento Farroupilha, criando esteriótipos de coragem, dignidade, caráter, virilidade e justiça. Desde o personagem Capitão Rodrigo, esboçado por Érico Veríssimo em O Continente[5], idealizamos os farroupilhas. Essa personagem inaugurou o desenho do gaúcho com sua presença marcante, destacando-se na Literatura Brasileira. Um dos traços fundamentais de sua personalidade é a confiança dispensada ao Movimento Farroupilha.
Veríssimo (2005) faz uma mescla do ficcional com a história em que um dos cenários é a Guerra Farroupilha. A intersecção desses dois elementos acontece de forma madura, visto que o os personagens ficcionais são apenas inseridos no contexto histórico existente, não são criados fatos para que se analise a personalidade do Coronel Bento Gonçalves. No entanto percebemos-lo como o próprio Capitão Rodrigo ou até mais enaltecido, visto que o personagem de Veríssimo exaltava o líder revolucionário em seus incendiados discursos.
As narrativas que se utilizam de cenários históricos têm boa aceitação pelos leitores, porque o público vê retrado na literatura a construção de sua identidade e cultura. Os autores gaúchos conseguem fazê-lo bem, como a exemplo do já citado Érico Veríssimo e Assis Brasil. Contudo, Assis Brasil rompe com a tendência do autor d’O Continente quando retrata em sua obra, A Prole do Corvo, um farroupilha não preocupado com seus subordinados, expondo-os ao seu egoísmo, como na sua fala:


—— Tive de me sumir senão nem eu nem ninguém comia coisa alguma. Assim, em vez de cada um encher um buraco do dente com um pouco, dois forram o bucho, é uma questão de saber distribuir. (ASSIS, 1991, p. 51)


A obra de Brasil (1991), narra a história de Filhinho Paiva, que vive em Santa Flora e, que depois, vai para os campos de batalha. Brasil (1991) acompanha a trejetória dessa personagem, no entanto, o foco recai sobre o morticínio que acaba o ideal farroupilha. Devemos partir daí para conceber A Prole do Corvo.
O que podemos observar em outras situações que procuraram retratar a guerra na literatura não encontramos na obra de Brasil (1991). Há, nessa obra, a desmitificação dos anteriores gestos heróicos reservados aos combatentes bélicos. Pela personagem Cássio, Brasil (1991) nos representa isso. O farroupilha não tem ideais, adota tirania e, conseguinte —— como toda a revolução —— acaba derrotado. As personagens se corrompem e abrandam o idealismo originário do movimento para ter a sobrevivência como fim. Para Brasil (1991) os militantes se adulteram na guerra.


"Sabe como é, no inicio da revolução, pólvora não faltava, e brigar era até uma festa. Era um tempo bom, ele mais moço, e ainda tinha animo, no fim de uma pelaia, de procurar uma china, e passar uma noite inteira de regabofes. Mas agora acha bom que arrecade logo a adaga. É de muita precisão." (BRASIL, 1991, p. 60)


Esse comentário explana o determinismo que a guerra provocou. Brasil (1991) mostra que a guerra não enaltece, mas sim destrói e corrompe o íntimo. São mostradas, nessa obra, as atrocidades e barbáries da guerra e, principalmente, as devastadoras conseqüências a cada partícipe.
A partir de uma análise destas, podemos perceber, e assim relacionar, o título da obra. Como um corvo, pois, alimenta-se de uma carne derrotada e pútrida, a guerra se enaltece através também da morte. Portanto, a uma longa loca análise, Brasil (1991) critica o sistema bélico.
Enfim, não se pode falar da identidade gaúcha sem mencionar a sua audácia. No entanto, devemos ter, assim como Brasil (1991), o nosso herói de carne e osso e de fraquezas. A agressividade que toma Cássio no fim da guerra faz com que percebamos a violência da guerra, por isso não são de todo culpadas as personagens dela. Quem não partipa da guerra e vê apenas seu resultado positivo ou literário não entende a narração de Brasil (1991). Porém o escritor tem grande mérito nessa obra, pois é inequívoca as conseqüentes degradações humanas que não fazem heróis.
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[1] Ensaio apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Produção e Interpretação de Textos II em 2008/2.
[2] Acadêmicas do Curso de Letras das Faculdades Integradas de Taquara
[3] FRONTEIRA, Gaúcho da; DARDE, Vaine Herói Nativo. http://letras.terra.com.br/gaucho-da-fronteira/1196064/ > acesso em 1º nov. 2008.
[4] BRASIL, Luiz Antônio de Assis. A prole do Corvo. Porto Alegre: Movimento, ed. 5, 1991.
[5] VERISSIMO, Érico. O Continente. São Paulo: Companhia das Letras, v. I, 2005.,